"Poisas sólidos pés sobre tantas traições e no entanto foste jovem e tinhas quem sinceramente acreditasse em ti".
Ruy Belo
Sabiam que o governo americano gasta cerca de 25 milhões de dólares para executar uma pessoa? Todo este dinheiro para tirar uma vida? Quantas pessoas se salvariam num mundo de miséria com esta quantia?
Nenhum ser humano pode ter o poder de decidir a duração da vida de outro ser humano, e nunca um erro pode ser justificação para cometer outro.
Para além da grande percentagem de pessoas que foram executadas e posteriormente declaradas como inocentes, temos também casos de pessoas que são executadas por motivos incompreensíveis. No Irão Behnoud Shojaie foi executado com 17 anos por um crime cometido durante uma rixa, na china são executadas pessoas por fazerem distúrbios públicos ou posse de droga. No Uganda são condenados a mortes os indivíduos que se prove ter tendências homossexuais, e um pouco por todo mundo são condenadas a morte pessoas por motivos políticos.
Alem de me chocar toda esta problematica também tem a sua parte cómica, se um condenado a morte resistir a sua execução, é posto em liberdade sendo esquecidos todos os seus possíveis crimes. Mas que gente é esta que quer tirar a vida as pessoas pelos seus crimes, mas ao mesmo tempo os perdoa se não as conseguirem executar?
Esta semana assistimos a um caso destes nos estados unidos, um condenado foi picado 18 vezes por todo o corpo até o chefe da prisão ordenar aos "carrascos" que desistissem de procurar veias para lhe dar a injecção letal. Durante as duas horas que esteve na sala de execução, Romell Broom chorou e gritou de dor, mas não morreu, e no final como de nada se tratasse um dos guardas ofereceu-lhe um cigarro e um café. Vejam
o depoimento de Romell Broom apos a tentativa de execução.
Sou completamente contra a pena de morte, daí este texto ter sido provavelmente o único texto de total parcialidade que escrevi neste blog, antes de terminar gostaria apenas de recordar que Portugal foi o primeiro pais do mundo a abolir a pena de morte, afinal não somos os piores em tudo.